Você sabia que ficar muito tempo sentado em uma mesma posição, como em voos de longa duração, pode elevar o risco da ocorrência de trombose e embolia?

Ainda que pouco conhecida, essa condição chamada de síndrome da classe econômica ou síndrome do viajante costuma ocorrer devido às pessoas ficarem períodos superiores a quatro horas sentados em assentos apertados que comprimem os membros inferiores, em especial a região da panturrilha. No entanto não são todas as pessoas que podem ter esse tipo de complicação, apenas quem tem uma predisposição para doenças de origem vascular como má circulação e doenças cardíacas, varizes, obesidade e até o sangue mais espesso, desconhecidas pela maioria das pessoas. De fato, cerca de 3 a 10% dos casos de embolia pulmonar ocorrem em viagens da classe econômica.

Segundo doutor Alexander Corvello, médico radiologista intervencionista, especialista em saúde vascular, “ao ficar sentado por muito tempo, a circulação sanguínea fica mais lenta, aumentando a pressão venosa nas pernas e possibilitando a formação de coágulos, que podem obstruir a passagem de sangue pela veia, ocasionando a trombose venosa profunda ou até podendo desprender-se, atingindo um dos pulmões e levando a embolia pulmonar”, explica.

Isso pode ocorrer não apenas em viagens de avião, mas qualquer período em que fique muito tempo parado seja em uma viagem de carro, ônibus ou mesmo em casa ou trabalho. Portanto, é importante que em períodos acima de 4 horas de duração a recomendação é que a pessoa se levante e caminhe um pouco para melhor ativar a circulação venosa das pernas.

Idosos, hipertensos e pacientes diagnosticados com problemas circulatórios ou cardíacos e principalmente quem tem inchaços frequentes nos membros inferiores devem consultar um médico especialista para avaliar as condições e tomar medidas específicas para evitar riscos durante uma viagem longa. Assim como tomar providências imediatas assim que notar qualquer alteração vascular após períodos longos de viagens.